Está escuro porque você está pegando pesado. Levinho, criança, levinho. Aprenda a fazer tudo levinho. Sim, sinta de levinho, mesmo que sinta muito. Deixe as coisas acontecerem de levinho e de levinho se entenda com elas.
Antes eu era um absurdo de tão sério, um pedante sem humor. Levinho, levinho -- é o melhor conselho que já me deram. Mesmo na hora da morte. Nada complexo, pomposo ou enfático. Nada de retórica, nada de tremores, nada do inseguro Eu fazendo sua grande imitação de Cristo ou Little Neil. E, claro, nada de teologia, nada de metafísica. Apenas a morte e a inteira luz.
Então jogue fora sua bagagem e vá em frente. Há areias movediças por toda parte, te engolindo pelos pés, tentando te afogar em medo e autopiedade e desespero. É por isso que você tem que andar assim de levinho. Levinho, meu amor, na ponta dos pés e sem malas, sem uma sacolinha sequer, sem embaraço nenhum.
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It’s dark because you are trying too hard. Lightly child, lightly. Learn to do everything lightly. Yes, feel lightly even though you’re feeling deeply. Just lightly let things happen and lightly cope with them.
I was so preposterously serious in those days, such a humorless little prig. Lightly, lightly – it’s the best advice ever given me. When it comes to dying even. Nothing ponderous, or portentous, or emphatic. No rhetoric, no tremolos, no self conscious persona putting on its celebrated imitation of Christ or Little Nell. And of course, no theology, no metaphysics. Just the fact of dying and the fact of the clear light.
So throw away your baggage and go forward. There are quicksands all about you, sucking at your feet, trying to suck you down into fear and self-pity and despair. That’s why you must walk so lightly. Lightly my darling, on tiptoes and no luggage, not even a sponge bag, completely unencumbered.
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